MINHA BOSSORÓCA

Jorge Missioneiro
In.: Poesias missioneiras

Não hei de morrer jamais
nem guerras ou domadas,
escarammuças tropeadas
neste meu solo campeiro...
nem grito de guerreiro
escoando pelas canhadas,
acordando as madrugadas
de meu torrão brasileiro!...

Lá nas plagas Missioneiras
ruas primeiras “Reduções”
do índio, antigas nações
tem um rincão sem igual...
é terra tradicional
Bossoróca majestosa,
onde canta esplendorosa
a minha terra Natal!...

Querência de mil encantos
d’onde um dia eu nasci,
e... fui criança e guri,
sob um céu cheio de luz...
rincão que me seduz
cheio de PAZ e beleza,
onde canta a natureza
sob o símbolo da Cruz!...

Por isso, minha Bossoróca
nos dias de primavera,
nascem flores na tapera
nos prados e corredores...
e, entre seus esplendores
emoldurando teu vulto,
é que modesto hoje exulto
com um de seus cantores!...

e, nesta rima singela
de pobre guasca teatino,
que um dia foi menino
a pisotear o teu chão...
- e... que hoje canta então
burlequeando pacholices,
recordando as meninices
...ungidas ao coração!...

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