ARROIO DO MEU PAGO
Arthur Oscar Loureiro de Souza
In.: Arroio do meu pago. Porto Alegre: Martins Livreiro Ed., 1984.
Arroio chucro e lindo, transparente,
gambeteando no mais pela canhada,
tocando à-toa a gaita da corrente,
viajando alpedo, só pra gauchada.
Saí campo fora quando vem enchente,
fica estreito na seca prolongada,
pois tudo neste mundo é como gente
que tem muito e amanhã tem nada.
Quando velho venho de longe e n’água clara
do arroio limpo da querência santa
banho os cascos do pingo malacara,
desapresilho a guampa e bebo um trago,
pr’a molhar a secura da garganta
e matar a saudade de meu pago.
gambeteando no mais pela canhada,
tocando à-toa a gaita da corrente,
viajando alpedo, só pra gauchada.
Saí campo fora quando vem enchente,
fica estreito na seca prolongada,
pois tudo neste mundo é como gente
que tem muito e amanhã tem nada.
Quando velho venho de longe e n’água clara
do arroio limpo da querência santa
banho os cascos do pingo malacara,
desapresilho a guampa e bebo um trago,
pr’a molhar a secura da garganta
e matar a saudade de meu pago.
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